segunda-feira, 11 de março de 2013

SEMPRE UM PAPO: 100 ANOS DE GONZAGÃO

O centenário de Gonzagão vai motivar um encontro inédito em Belo Horizonte, no dia 11 de março, segunda-feira. Em plena temporada do espetáculo “Gonzagão, a Lenda”, encenação de João Falcão, o Sempre Um Papo convidou o diretor e dramaturgo para uma conversa com os autores dos melhores livros recém-lançados sobre o tema: Bené Fonteles, autor do livro “O Rei e o Baião” (Ed. Fundação Athos Bulcão) e o jornalista Carlos Marcelo, coautor de “O Fole Roncou! Uma História do Forró” (Ed. Zahar), ao lado de Rosualdo Rodrigues. Falcão, Bené e Carlos Marcelo estarão na mesma mesa, às 19h30, no Teatro Bradesco.

A temporada de “Gonzagão, a Lenda” em Belo Horizonte ocorre dias 10 de março, sábado às 21h, e 11, domingo, às 19h. Segunda semana, dias 16, sábado, às 18h30 e às 21h e 17 de março, domingo, às 19h.

Uma notícia importante: após o evento, 40 exemplares do livro “O Rei e o Baião”, de Bené Fonteles, serão sorteados entre os presentes.
“O Fole Roncou! Uma História do Forró” (Ed. Zahar), de Carlos Marcelo e Rosualdo Rodrigues.

Desde que Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira ensinaram ao Brasil como se dança o baião, nos anos 1940, a nossa música nunca mais foi a mesma. Ao baião, juntaram-se o xaxado, o coco, o arrasta-pé, o xote e outros ritmos nordestinos: assim nasceu o forró. Sete décadas depois, ele resiste como um dos mais autênticos gêneros musicais brasileiros, sobrevivendo a modismos, às bruscas mudanças do mercado fonográfico e ao desaparecimento de alguns dos principais representantes.

A partir de mais de 80 entrevistas e documentos inéditos, “O Fole Roncou! Uma História do Forró”, dos jornalistas Carlos Marcelo e Rosualdo Rodrigues, reconstitui a trajetória desse estilo musical, por meio de episódios marcantes da vida artística e pessoal de nomes como Gonzagão, Jackson do Pandeiro, Marinês, Dominguinhos, Trio Nordestino, Genival Lacerda, Anastácia, Antonio Barros, Elino Julião, Jacinto Silva, Abdias, Trio Mossoró, e outros. Os autores percorrem dos anos 1930 aos dias atuais e ressaltam ainda a importância de artistas como Elba Ramalho, Alceu Valença e Fagner na continuidade dessa história, desdobrada nos últimos anos com o surgimento do forró eletrônico, no Ceará, e do forró universitário, em São Paulo.

“O Rei e o Baião” (Ed. Fundação Athos Bulcão) , de Bené Fonteles.

Com organização e edição de Bené Fonteles, o livro analisa a grande herança cultural nordestina recriada por Luiz Gonzaga e seus parceiros, suas conquistas e desdobramentos, ao invadir de forma extraordinária, o imaginário do povo brasileiro.

Os ensaios de Antonio Risério, Bené Fonteles, Elba Braga Ramalho, Gilmar de Carvalho, Hermano Vianna e Sulamita Vieira com apresentação de Gilberto Gil colocam, de forma essencial, a importância de sua influencia na música e nos costumes pelo viés da antropologia cultural.

O livro, além de resenhas das mais importantes publicações em livros, discos e filmes sobre sua obra, mostra também uma rara antologia iconográfica que fez de Luiz Gonzaga um herói musical do povo nordestino.

Musical “Gonzagão – A Lenda” – em cartaz no Teatro Bradesco dias 9 e 10 e 16 e 17 de março. Informações: www.teatroemmovimento.art.br

Comovente, inovador e poético. Estas qualidades não explicam, mas resumem a adaptação de João Falcão da vida de Luis Gonzaga, o Rei do Baião, musical intitulado “Gonzagão – A Lenda”. O público vai do riso às lágrimas com facilidade, ao som de quase 40 canções, entre as quais, “Cintura Fina”, “O Xote das Meninas”, “Qui nem Jiló”, “Baião”, “Pau-de-arara” e sua mais célebre criação, “Asa Branca”. “É a história de Luiz Gonzaga, mas não é enciclopédico, como a Wikipédia”, diz João Falcão, que evitou qualquer didatismo na construção do texto, embora tenha lido vários livros sobre esse que é um dos artistas mais importantes da música brasileira, falecido em 2 de agosto de 1989 e cujo centenário de nascimento ocorreu em 13 de dezembro de 2012.

Bené Fonteles nasceu em Bragança (PA) em 1953. Vive em Brasília. Suas obras estão no acervo do MASP e MAM, entre outros. Fez curadoria e concepção de montagem para exposições para artistas como Athos Bulcão, Mario Cravo Neto e Luiz Gonzaga. É autor de livros como “Gil Luminoso: a Po. Ética do Ser” e “Ney Matogrosso – Ousar Ser”.

Carlos Marcelo Carvalho, paraibano de João Pessoa, é formado em jornalismo pela UnB. Foi repórter, editor de cultura e editor-executivo do Correio Braziliense e um dos ganhadores do Prêmio Esso 2005 (na categoria Primeira Página). Desde 2011, é editor-chefe do Estado de Minas. Escreveu os livros “Nicolas Behr: Eu Engoli Brasília” e “Renato Russo: o Filho da Revolução”.

João Falcão é, além de diretor de teatro, roteirista, dramaturgo e compositor. Entre seus trabalhos mais recentes, destacam-se a produção de séries como “Brasil Especial”, “A Comédia da Vida Privada” e “O Auto da Compadecida”. Além disso, escreveu episódios para “Os Normais” e “Ó paí, Ó”, da Rede Globo e o roteiro de filmes como “A Máquina” e “O Coronel e o Lobisomen”. Atualmente, é o responsável pela adaptação e direção do musical “Gonzagão – A Lenda”.

Sempre Um Papo

Há 27 anos, o Sempre Um Papo promove a difusão do livro e seu autor. Já atuou em mais de 30 cidades brasileiras, realizou cerca de 5.200 eventos com um público estimado em 1,7 milhão de pessoas. O encontro presencial converge para a TV, exibido há 10 anos na TV Câmara. Desdobra-se na série de DVDs educativos “Cultura Para a Educação”, em sua quinta edição. E no site www.sempreumpapo.com.br estão disponíveis mais de 200 programas com escritores brasileiros e internacionais, além de seminários.

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